25 juil. 2013

A namorada do meu pai tem a minha idade. O que fazer?


Na nova temporada de malhação, a divertida Bernadete, personagem de Fernanda Souza, de 29 anos, é a “boadastra” das adolescentes Anita (Bianca Salgueiro) e Sofia (Hanna Romanazzi).
A pouca diferença de idade entre madrasta e enteadas parece imitar a vida de muitos famosos, inclusive, do próprio Paulo Betti, que interpreta Caetano, o pai das meninas. Paulo, de 60 anos, casou, recentemente, com a designer e artista plástica Mana Bernardes, de 31, e é pai de Juliana, de 36 anos, e Mariana, 33, frutos de seu casamento com a atriz Eliane Giardini.
Se na telinha a relação entre as filhas e namorada jovem é muito boa, na vida real há quem enfrente problemas para contornar esta situação. A madrasta, comumente vista como má e invejosa – graças aos contos de fadas –, neste caso ganha ainda a fama das mulheres jovens que buscam, nos relacionamentos com homens mais maduros, proteção, segurança e confiança que não tiveram com o próprio pai.

Os mais pessimistas garantem que a fantasia ciumenta, normalmente voltada para as ex-mulheres, será investida contra as filhas, mas essa história não é, necessariamente, assim. De acordo com o psicólogo Carlos Esteves, especialista em Análise do Comportamento, o tema relativo a relacionamento com diferenças de idade entre o casal deve ser analisado caso a caso: “Devemos evitar um juízo de valores quando não observamos a relação, pois, temos vários exemplos de casais com idades próximas que vivem uma relação disfuncional, logo, não é a diferença de idade a variável determinante para qualificar a relação, e sim aquilo que um proporciona ao outro na relação”.

Além de respeitar a escolha do pai – e perceber que ele pode estar feliz, sim, ao lado da nova namorada –, é importante não confundir o tipo de relação existente entre filhos e madrasta: “não é uma relação parental (mãe e filha), não é uma relação fraternal (entre irmãos), apesar da idade próxima entre as duas, e certamente não é uma relação de amigas, do tipo que compartilham intimidade, confidencialidades etc”. Para o psicólogo, o desenvolvimento desta relação exige de enteada e madrasta alta habilidade para localizar os limites e, principalmente, respeitá-los.

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